sábado, 26 de fevereiro de 2011

… a irromper por um decote generoso…

 

«Governo quer que a profissão conste no Cartão do Cidadão» Jornal ‘O Sol’

 

Bem, eu sou sempre, mas mesmo sempre, a favor da transparência nas relações. A verdade e a aparência nem sempre coincidem, certo é. Neste caso, para a intenção de colocar a informação profissional nos cartões de cidadão (CD), anteriormente conhecido por CU (Cartão Único), eu, até ia muito mais longe… colocaria muito mais informação naquele pedaço de plástico.

A titulo de exemplo, se eventualmente trabalhasse numa qualquer loja, no atendimento a clientes, acharia bem poder saber ao que os clientes vêm, para poder agir em conformidade com a categoria profissional do proponente comprador.

Vejamos, imagine-se que entrava na loja uma rapariga com unhas compridas vermelhas, extensões de cabelo vistosas, implantes mamários preponderantes a irromper por um decote generoso, daqueles aonde aquelas preponderâncias ficam comprimidas e mantidas unidas por um singelo botão sujeito a uma tensão extrema, quase quase a rebentar ou desfazer-se e saltar fora…

Bom, a primeira impressão que teríamos era a de que se trataria de uma puta.

Nada mais errado, apresentado o cartão cidadão verificávamos tratar-se apenas, afinal, de uma namorada de jogador de futebol. Se fosse uma puta teria de estar espelhado no referido cartão, uma designação do tipo ‘Alternadeira’ ou ‘Terapeuta Emocional’. Uma namorada de jogador de futebol não é necessariamente uma puta e esta não é necessariamente uma namorada de jogador da bola e isso pode fazer toda a diferença nas vendas, não é?

 

Mas se, por acaso, entrasse um tipo com chapéu semelhante aos que os lavradores usavam antigamente nas aldeias (aparentemente em moda), óculos escuros ostentando a marca D&G (jasus), um anel no dedo indicador (nossa sinhôra), um relógio de uma dimensão digno do Batatoon (igualmente em moda!), fato cinzento escuro com fortes riscas brancas e devidamente apertado nas pernas (algo que não dá para mim devido à dimensão avantajada que manifestamente ostento nos músculos das pernas-quem disser o contrario está a mentir)… enfim, um tipo destes, eu diria que estaria a entrar na loja um verdadeiro jogador de futebol. Mas não, afinal poderia estar a tratar-se de um tipo que exercia a profissão de ‘Chulo’.

 

Agora imagine-se que entrava uma desempregada na loja com as características da puta acima referida. Profissão no cartão: ‘Desempregada’. Ora bem, o que fazer num caso destes?

Se está desempregada e tem aquele aspecto de puta é porque lhe tiraram o cartão profissional. E isso pode revelar muitas coisas importantes para o sucesso das vendas. Estará ela a exercer a profissão sem a necessária qualidade exigida e à revelia das normas emanadas pela ordem das putas? Seria daquelas que não cumpre as normas e legislação de higiene e segurança no trabalho? Seria alguém que trabalhava a sua profissão numa lógica de preço baixo e alta rotatividade ou teria tido um acidente temporário, por excesso de trabalho ou inépcia do chulo?

Enfim, neste caso a indicação da profissão pode levar a enganos graves e pode mesmo levar a que o vendedor, inadvertidamente, pergunte qual a profissão anterior à actual condição de desempregada. Ora, estando ela, por hipótese, a trabalhar no mercado paralelo, sem cartão profissional, sentir-se-á intimidada na resposta a dar e talvez, procure outro estabelecimento que não faça muitas perguntas desse calibre.

 

Isto acontece porque a informação adicional da profissão constante no cartão de cidadão é, manifestamente, insuficiente.

Deve ser introduzido um anexo informativo no chip daquele cartão, relativo a toda a história profissional e cívica do utente e restante familia, assim como outra informação relevante que o funcionário inquisidor, das lojas do cidadão, decidir indagar, na sua discricionariedade, atendendo ao aspecto da pessoa especifica em causa que lá vai requerer o dito cartão.

Assim teríamos a certeza de que, aquela desempregada, foi de facto uma puta no passado e poderemos, deste modo, agir com um argumentario de vendas em conformidade com o estatuto da ‘putativa’ profissão da rapariga.

Deste modo, até podíamos saber que a própria mãe da rapariga era, ela própria, uma puta reformada, também ela nascida de uma relação que tinha como pai um ‘chulo’ da província, que por sua vez era pai do actual primeiro ministro.

Sendo assim, a venda àquela rapariga poderia traduzir-se numa excelente penetração, de vendas claro, em todo o universo familiar de quem gere os destinos deste país.

Não. Não me ficava apenas por aqui.

Introduzia no referido cartão, informação genética detalhada. Saber  a propensão da clientela para determinadas doenças (isto nas lojas de farmácias era uma informação fantástica e até as casas mortuárias poderiam elaborar orçamentos de vendas mais precisos), saber também se têm vestígios de sangue judeu ou árabe ou hindu ou africano, era algo essencial para o ‘crossselling’ de produtos e vendas.

Bem, a este nível, hoje em dia, até se pode saber com assertividade à centésima de milénio a genealogia sanguínea de cada um de nós. A sério.

A tal ponto que eu, por exemplo, até já sei que no ano ZERO  tive um ascendente judeu. Se calhar até sou descendente de J.C., quem sabe se não sou, eu próprio, Aquele que se espera e que entrará novamente na cidade do império, montado num burro com motor eléctrico, para glória de todas as nações do mundo em particular, e Portugal em termos gerais, e limpar de uma vez por todas aquele antro de vendilhões do (palra)mento da dita nação.

 

P.S. Fiquei a pensar na profissão que dariam aos miúdos… talvez ‘Garoto’.

 

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Crónicas do ridículo… e lembranças da infância…

Vamos lá ver se se consegue compreender isto:
1) Ontem o BE pedia ao PSD para não votar a sua moção de censura, acusando-o de cair no ridículo se o fizesse.
(enfim, quando era criança fazia o mesmo a brincar aos cowboys… a ideia era disparar uma bala a fingir para que alguém fingisse que estava morto mas sem morrer de facto; aliás seria ridículo alguém morrer com um tiro que não é um tiro… um ‘supônhamos’ vá que era verdadeira)
2) Há um ano tinha sido o PCP a fazer o mesmo número.
(pronto tabém, os meus amigos também brincavam aos cowboys)
3) Hoje que ficou confirmado que o PSD vai abster-se.
(havia sempre aqueles amigos que, por qualquer motivo, diziam que não brincavam mais comigo)
4) O BE acusou o PSD de cair no ridículo por ter protegido o PS da moção de censura.
(os inimigos figadais – basicamente aqueles que disputavam as namoradas comigo (mary, tinha sete anos ah) – diziam que as balas disparadas com os dedos não valiam o mesmo que as disparadas com fulminantes, como as deles…)
5) Entre mimos o PS veio dizer que a partir daqui o PSD cairá no ridículo se vier a apresentar uma moção de censura por outros motivos e o…
(… pelo que a ameaça das armas de fulminantes deles eram sempre superiores aos disparos dos meus dedos, seria pois ridículo que estas tivessem a mesma eficácia daquelas)
6) … CDS, que também não caiu no ridículo desta vez, não exclui a possibilidade de se colocar ao ridículo na próxima.
(pronto, às vezes os fulminantes acabavam e os dedos passavam a valer o que até ali não valiam)
Moral da história: se depender das ridículas forças parlamentares o ridículo Governo Sócrates vai chegar ao fim da legislatura… e mais grave, vai ser uma cowboiada dos diabos…
Disse.
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sábado, 5 de fevereiro de 2011

Não, não são a Doly e a Parton… Mary & Jane

 

 

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Duas abandonadas num saco… agora com novo dono, a juntar à Tica (também ela abandonada).

Não, não são a Doly e a Parton como eu queria. O dono (o spider Mário) decidiu, está decidido… a Mary e a Jane. O facto de ser exactamente o mesmíssimo nome da namorada do homem-aranha é coincidência… Mary Jane. Ele há coincidências dos diabos… aposto que os próximos serão o Peter e o Parker.

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PS. Em alternativa sugeri que se chamassem Rhianna e Beyoncé, debalde. Ficarão em memória para o projecto de criação de cabras lá na quinta…

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