domingo, 26 de junho de 2011

Muxima…

 

 

Muxima, cabo ledo 377

 

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sábado, 25 de junho de 2011

…então aqui vai caneco…

 

 

Braveheart: Atão meu, sabes que dia é hoje?

Ricardo:      Sei. Hoje é dia 25 de Junho. Um dia importante sem dúvida.

Braveheart: Ó conas, referia-me ao que representa este dia para nós.

Ricardo:      Que sabes tu acerca dele?

Braveheart: Sei man… é um dia que representa o dia em que acordamos tarde e meios ressacados depois das festas do S.João da noite anterior.

Ricardo: Bem me parecia… Bom, na verdade também gosto dessas festas, das sardinhas e dos pimentos… mas não te lembra algo ou alguém infinitamente melhor do que sardinhas, em sabor e qualidade, este dia?

Braveheart: Lembra lembra, lembra qualquer coisa importante. Xacáber, o dia em que o FCP foi pela 2ª vez campeão da Liga dos Campeões Europeus ou a Taça Intercontinental, talvez… não, não é isso, épa não estou a ver assim de repente… 

Ricardo: Alguém faz anos ó baralhado… a minha Mary

Braveheart: Ahh a nossa Mary, então isso quer dizer que a minha Jane também faz meu, boa, bem lembrado.

Ricardo: A nossa Mary e a tua Jane??? Então pá, a Mary é só minha, não a partilho, nem em sonhos, só mesmo em pesadelos. Olha-me este!

Braveheart: Porra meu, aguenta aí os cavalos e tem lá calma, até parece que te quero comer a rapariga…

Ricardo: Não sejas ordinário…

Braveheart: Não meu, caneco, estava a pensar na minha Jane…

Ricardo: Hummm e em que estavas a pensar?

Braveheart: Meu, olha, vê bem, topa-me bem o que eu estava a imaginar. Ouve, imaginava-me com a minha Jane num praia deserta a fazer…

Ricardo: Tchuu pá então, estamos a abusar, não?

Braveheart: Posso acabar a frase pelo menos?

Ricardo: Não, que isto é blogue sério aonde não são admissíveis textos a puxar a imaginação para cenas menos próprias.

Braveheart: Continuas o mesmo conas de sempre caraças. Liberta o espírito meu, cease the day ma friend, enjoy the moment, diz-lhe o que sentes agora, sem rodeios… caga no público.

Ricardo: Não dá Braveheart, assim publicamente, não dá. Não tenho feitio para essas coisas. Mas força, autorizo-te, desta vez, uma vez sem exemplo, por ser o dia de quem é, a dizeres o que pensas abertamente e sem constrangimentos da minha parte…

Braveheart: Então aqui vai caneco…

Ricardo: … Naaaaão espera. Não digas. Mudei de ideias, eu já sei que não vai sair coisa aceitável. Telefona-lhe e diz-lhe pessoalmente o que tens a dizer. Eu, quero apenas lembrar neste dia, a pessoa, a mãe (e o pai) e a mulher dos meus sonhos e dizer-lhe, ainda que ela já saiba…

 

LOVE YOU

Mary

Parabéns

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Ass. Braveheart e Ricardo

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sexta-feira, 24 de junho de 2011

… a visão de Deus…

 

 

Imagine-mo-nos na perspectiva de Deus. Aquele Deus que resulta da opinião que as diversas religiões Dele fizeram… e não Outro.

Imaginemos a visão que Deus terá sobre a humanidade e sobre todas as coisas que criou. Imaginemos um Observador atento, Interventivo também, com uma espécie de visão aérea, estratosférica, sobre a criação… e que se interessa com o que pelo planeta se vai passando; que se interessa, em suma, pela coisa criada.

Imaginemos Alguém cujo interesse na observação resultaria de, digamos, ao que as religiões garantem, assegurar justeza (fairness, em inglês traduz melhor a ideia) no Julgamento e na resposta aos pedidos de auxilio de uns, dentro da Sua imperscrutabilidade e discricionariedade, mas também, para verificar o cumprimento da mensagem da ética e da moral vertida nas Leis e inscritas nos Livros Sagrados, tendo como objectivo a seleção das almas que alcançariam o Reino dos Céus, em virtude do cumprimento da observação daquelas leis.

 

Imagine-se, pois, um Deus dotado de certas características morais, como asseguram as religiões, e que punirá quem as transpõe, condenando a alma às profundezas do inferno, por um lado, e que premiará, por outro lado, quem as seguir fielmente.

Alguns afirmam ainda que, aprofundemos a nossa imaginação, no meio dos dois estados, entre as profundezas e os céus, existirá um terceiro local, que nem é carne nem é peixe; uma espécie de réptil lugar… um purgatório, aonde se expiam os pecados daqueles que, enfim, terão transposto algumas Leis, mas somente as menos gravosas, e que esperam a boa vontade e avaliação do Criador…

Asseguram que essa boa-vontade do Senhor advém, inevitavelmente, após um determinado tempo que por lá se passe. Espiar os pecados nesse local será, pois, uma espécie de prisão preventiva a ver se o Juiz do Supremíssimo valida a informação das primeiras instancias.

 

Toda esta construção está bem descrita e argumentada pelos estudiosos das diversas religiões do Livro e, finalmente, sustentada numa prosa articulada em forma de lei canónica.

Os estudiosos que o fizeram, gente inequivocamente inteligente, de cultura superior e supremíssima educação, acharam por bem redefinir a hierarquia do exército de Deus e, quase todos, afirmam que, pese embora o Altíssimo seja omnipotente, o caminho e as vontades Dele são, digamos, ajudadas e levadas a cabo por aquela hierarquia.

Na hierarquia Celestial há, grosso modo, uma equipa constituída de seres criados por Deus que os dotou de excelentes dons naturais - embora assexuados, garantem - pelos quais se tornaram muito superiores aos homens em perfeição. Além disso, Deus concedeu-lhes a graça santificante, que os faz resplandescer em sobrenatural beleza e dignidade…

Ei-Los:

- Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potências, Virtudes, Principados, Arcanjos, Anjos.

… bem, esta estrutura, criada com rigor, disciplina e determinação militar e refinada Virtude vá, pelos visto, terá criado num daqueles Seres alguma ambição fora do âmbito dos objectivos para que foram criados, ou não… na verdade um deles revoltou-se e levou consigo parte substancial dos colegas…

Mas não era um qualquer, era o Chefe de todos, de nome Lúcifer, que quer dizer “Anjo da Luz”, era o anjo mais poderoso do céu e gozava de todas as regalias celestes. Era o braço direito de Deus, um anjo da Sua especial estima e confiança. Deixando-se levar, porém, pela soberba, ao que dizem, acabou julgando-se superior a Deus, em poder e majestade.

Muitos anjos, na eternidade, guiados por Lúcifer, pecaram e rebelaram-se contra o Criador, havendo no céu grande batalha. Miguel, à frente de todos os anjos, comandou luta contra os anjos rebeldes e reagindo sob o lema “Quem como Deus?”, liderou intenso combate do qual saiu vitorioso, precipitando o seu colega e irmão Lúcifer, e todos os seus sequazes, para o fogo do inferno, local cuja inauguração se terá observado nesta precisa altura por obras das artes Supremas. São eles os demônios ou espíritos malignos.

Os demônios, vendo-se para sempre expulsos do céu, passaram a odiar e a invejar os homens, procurando causar-lhes danos ao corpo e à alma, a fim de arrastá-los à desgraça eterna.

Aos anjos vencedores da contenda, os bons e fieis ao Senhor, foi-lhes dada uma Graça nova que até ali pelos vistos não tinham… foi-lhes conferida a incapacidade para toda a eternidade de se revoltarem novamente, isto é, Deus tirou-lhes a vontade, o desejo eventual de se rebelarem contra Ele próprio, uma espécie de instalação de um anti-virus no sistema Angelical que inviabilizou o ataque de ideias mais atrevidas. Na verdade Deus ter-lhes-á tirado o livre-arbítrio, por causa das coisas.

Compreendo bem esta iniciativa de Deus. Há que eliminar as fontes de problemas. Aqui pela Terra os criadores de bicharada fazem frequentemente a mesma coisa com os animais potencialmente perigosos, capando-os… dizem que os amansa.

Talvez seja esse o motivo, admito eu, de se crer que os Anjos não tem sexo… é muito provável que Deus, na linha dos criadores tirrenos, tenha também ordenado a amputação das Angelicais preponderâncias…

 

Anyway, sempre me perguntei a mim próprio, com infinita incredulidade, acerca das motivações dos anjos (caídos) revoltosos… teriam achado eles que podiam ter vencido a grande batalha contra quem os criou?

Terão sentido que podiam ganhar, avançando para uma batalha contra o exercito de Deus?

E se sim, how on earth poderiam eles pensar uma coisa dessas, sabendo de antemão que quem os criou era o Omnipotente, quer dizer, aquele que tudo pode.

Confesso que nunca percebi a coerência desta trama... sempre me pareceu uma estória muito estranha sob ponto de vista dedutivo e lógico…

 

Mas enfim, viro agora de novo para a esquerda, para bombordo, para a visão que Deus terá sobre as coisas por Ele criadas, para o ponto que queria salientar inicialmente, depois de me perder pelos angélicos caminhos de estibordo. E o ponto traduzia-se na observação que Deus fará da humanidade.

 

Pessoalmente, acho que Ele nos verá como nós o fazemos quando observamos um formigueiro.

Vejamos, dei comigo a pensar no MacDonalds. Além de me apetecer um Big Mac ardentemente, sem que isso represente o pecado da gula, recebi a informação de dois amigos de que os brinquedos do Happy Meal seriam produzidos na China por crianças escravas. Já tinha ouvido uns zuns zuns acerca disso.

Vai daí, imaginei-me Deus. Se eu fosse Deus como veria, lá de cima, esta situação…

 

… quer dizer a panorâmica que Ele tem ao observar de um lado do formigueiro, digo, do planeta, umas crianças obscenamente abusadas na escravatura do trabalho por terem de fabricar com as suas maozinhas, brinquedos de plástico fantásticos… e, virando Ele os olhos ligeiramente para a esquerda, observar do outro lado do planeta outras crianças em justa histeria, felizes da vida, a brincar com os mesmíssimos brinquedos de sangue.

O mapa assim posto à minha frente não seria, para mim, feito Deus em pensamento, uma visão agradável… Deus feito eu próprio teria mandado um raio que os parta a todos aqueles filhos de uma grande puta que fazem o fazem às crianças chinesas. Mas eu não sou Deus. Deus é Ele… e os Anjos que alegadamente Guardam.

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terça-feira, 14 de junho de 2011

…diz prá eu não ter outra mulé e para usar sábão…

 

… ahh tá difíciu doutô, dizia o motorista enquanto me levava para o trabalho e continuava «sabi, eu faço trábálhu para 23 impresa do grupo. Faço os rigistros e bancos e só ganhu 600 dolares doutô, não dá» ele finalizou 

«pois, mas sabes, pedir um aumento nesta altura de crise não é lá muito aconselhável… enfim, estamos numa época em que temos é de manter o trabalho, percebes? há pouco negócio e torna-se difícil fazer aumentos. Um gajo, para ser eficaz, deve pedir aumento quando a coisa está a correr bem, caso contrário gastamos um tiro e não caçamos o coelho» eu ia dizendo pela centésima vez neste mês e depois de ter aumentado em 30% o subsidio de alimentação do pessoal.

« é por isso qui eu não tenho outra mulé, Deus mi livri dessa tentação. Sabi, o (motorista e relações publicas) T tem duas mulé… » ele dizia

«Ai sim, duas? » respondi perguntando

«Sim doutô, duas… à priméra saiu di casa porque os irmãos dela zangaram com ele e o T arranjou uma outra e ela concébeu, mais dispois a mulher vérdadeira voltou e ele tevi qui ficá com às duas…» ele explicava

«ehehe que trabalhão» eu constactava

«sim, um trábálhão, à minha mãe diz qui homi com duas mulé acaba sozinho e inféliz… uma não faz nada porqui pensa qui estamo bem servido com à outra e à outra pensa o mesmo… minha mãe diz prá eu não ter outra mulé e para usar sábão…» ele continuava

«sabão?» eu perguntava curioso

«o doutô não sabi o que é usar sábão? ahahah» ele gozava

e continuava «é fichar sozinho no bánhêro…»

«eheheh és um pistolão pá, mas para que queres tu o sabão?» indagava e alertava logo de seguida «esquece, não digas, acho que já percebi a ideia, mas diz-me lá, então e como é que o T arranja tempo para as duas?» perguntei

«ahh tem qui escálár, um dia numa, e amanha na outra» ele explicava

«mas e elas aceitam essa situação pá, quer dizer mantem-se na boa com ele?» perguntava curioso

«sabi há mulé qui não está para arranjá outro homi e dipois não quer ter outros filho de outra fámilia e mais os qui já tem… fica dificel né doutô» ele dizia

« Pois, fica difícil, compreendo» concordei e continuei «mas olha lá, porque é que vocês tem duas mulheres e não passam a ter uma mulher e uma amante que, na verdade, funciona só para certas e determinadas coisas»

« então? e o doutô como é qui pensa qui começa a rilação com à sigunda mulé? começa por ser amante e depois fica concébida…» ele explicava

«pois tens razão» eu reflectia na coisa

«agóra doutô o T pássa dificuldadis, já viu o que é sustentá duas fámilia?» ele dizia

«é difícil, imagino que sim, mas cada um deita-se na cama que fez…» eu argumentava

«claro, mas à vezes não se aguenta à pressão e acontécessi como no caso dá L qui istá sempre com dôris no corpo todo» ele insinuava

«da L? o que é que se passa com a L?» eu perguntava

«ahh o márido dela está em Portugau à trabalhá e só vem ter com éla uma vez por ano… fica 15 dias por ano com ela… mas tem outra mulé ná Tuga e ela sabi» ele explicava

«Sabi, digo, sabe?» questionei

«Sabi doutô. Éli manda dinhêro prá ela. Comprou carro novo e tudo né? e éla não quer ter trabalho com outro homi… mas homi faiz falta né doutô?» ele dizia e continuava «é por isso qui éla está sempre assim mal disposta e com dóris» concluiu

«pois, deves ter razão» eu dizia

«sabi qui o N, o antigo mótorista do doutô, queria ter uma rélação com ela» ele dizia

« a sério pá? não posso acreditar. Então o N, que já tinha um filho com uma segunda mulher, queria ter uma relação com a L? fantástico meu, não lhe chegava o dinheiro para a pensão do filho da segunda e já pensava numa terceira, ahahahah» eu dizia a rir

«ahh doutô Deus mi dê força para aguentá assim, fiel à minha mulhé» ele rezava

«bem pá, casaste há dois meses, não comeces já com essas ideias…» eu aconselhava

«não doutô não quero»

«bem, não queres, mas já estás na fase das rezas… e daí à consumação é um pequeno passo» eu insinuava

«não doutô, eu sei o quero» ele afirmava

«Está bem, está. Não te dou uns meses para me estares a contares que ‘concébesti’ uma ‘dáma’.» pensei cá para mim.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

…mulé… tem qui dá filho…

 

 

«doutô à K pédjiu pá emprestá o seu carro; posso ir apanha-la?» ele disse

«ah, outra vez? aonde é que ela está?» perguntei

«no hospital maria pia.» respondeu

«está doente, de novo?» averiguei

«ahh doutô, mulé apartir de uma certa idade tem qui dá filho, sinão fica sempre doente…», afirmou

«pois, está bem, és capaz de ter razão, trata lá disso…» insinuei

«ahh não posso, cásei no mêis pássádo; e depois tinha qui pagá pensão…» respondeu

«compreendo, mas referia-me ao carro…» concluí

«ahh pois, e então o doutô…?» ele respondeu perguntando

«e então o quê, homem, estás a perguntar se podia ser eu a providenciar o ‘medicamento’ para a rapariga?» eu disse

«ahahah não, doutô, pergunto si empresta o seu carro?» ele esclareceu

«estou a ver, malandro, leva lá o carro e vai busca-la» disse

 

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