quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

de costas veremos sempre o pôr-do-sol…

Tenho andado a evitar escrever sobre o estado da nação… enfim, discorri sobre a matéria o suficiente em posts anteriores e, concluí nessa altura, aquilo que hoje mais veemente penso sobre o assunto… Portugal colapsou.
Não se trata apenas de considerar que as politicas económicas adoptadas nos últimos 18 anos foram altamente gravosas e irremediavelmente comprometedoras para o futuro país… não, trata-se  de ter a certeza que não há gente capaz de liderar a sociedade…
… para todos os lados que me vire, por todos os ângulos que espreite não encontro vivalma que discurse e promova a pró-actividade económico-empresarial do país… é sempre a mesma treta de sempre, corta aqui, corta acolá, põe ali, tira-da-colá… meros mangas de alpaca.
O que observo, isso sim, é uma chusma de gente profícua na retórica, profusos no embuste, numa teia de interesses oligárquico-partidários sem fim à vista.
Enfim, precisa-se de gente que conheça profundamente as potencialidades do país… na agricultura, nas pescas, nas minas, no turismo, nas industrias… gente com saber, que indique á populaça os sectores específicos aonde o país deve investir e para os quais tem vantagens comparativas com os outros países… fomentar por essa via concreta, o empreendorismo das nossas gentes, alicerçado em coisas concretas; infelizmente temos assistido a ideias tontas e vagas… ‘choques tecnológicos’, cuja substancia a populaça desconhece em absoluto… eu próprio, não sei o que tal ideia quer significar…
É bom de ver… toda a atenção da manada está orientada para o lado errado, a despesa… se queremos ver o sol nascente é bom virar-mo-nos para o lado certo, de costas veremos sempre o pôr-do-sol… enfim, dedicamo-nos a observar o desfecho… urge orientar-mo-nos para o lado certo, para a receita… e trabalhar para a desenvolver.
Em boa verdade, não há gente competente nas fileiras dos partidos… o espírito presente na classe politica é semelhante ao estouro caótico da manada… de facto ninguém sabe para onde vai, nem por onde vai, poucos sabem porque vão…

Defendo, uma vez mais que, todos os governantes… os primeiros-ministros, os ministros, os deputados, enfim toda a actual corja que nos governa, fosse obrigada a submeter-se a exames escritos e orais… para ver se elevamos a qualidade das rês…
… exames de história, economia, artes, enfim, de todas as áreas de candidatura :)… exames esses efectuados e avaliados pela nata da nata da sociedade civil das diversas áreas… os mestres… ao mesmo tempo que, para se candidatarem a tais cargos, deveriam ter, no mínimo, quinze anos de experiência profissional nas áreas que vão governar, de preferência em sectores empresariais industriais…
Com efeito, teriam que obter cartas de recomendação de antigos patrões e colegas de trabalho;), teriam de perceber efectivamente das matérias que vão gerir, sem prescindir, de vedar em absoluto a candidatura a pessoas cuja vida profissional tivesse sido passada nos ‘Jotas’ dos partidos… o que reduzia bastante, senão mesmo para zero, o numero de candidatos actualmente disponíveis na política…
Gostava pois, que empresários de sucesso, médicos de sucesso, artistas, escritores, historiadores, cientistas de sucesso, gestores e engenheiros e arquitectos de nomeada, pudessem submeter quem nos governa a exames profundos e escolher o melhor preparado… fazer um retiro para avaliação… uns três meses de sucessivas e ininterruptas avaliações, para fazer cair os impostores e mestres do embuste… aqueles que, à laia da retórica bacoca não se aguentam muito tempo perante gente de saber… podemos enganar as pessoas comuns com palavras, mas dificilmente enganamos o Saber com palavras… e aí sim, poderia o estado remunerar os escolhidos convenientemente… a bem da nação.

Era bem capaz de estender este método de recrutamento de pessoal governativo, a secretários de estado e deputados, administradores de empresas públicas, bem como das fundações publicas e restantes institutos das despesa, entidades responsáveis por cerca de 25% do endividamento do país…
… enfim, a ideia era criar uma estrutura nas Berlengas, uma pousada, que permitisse acomodar todos os candidatos ou aspirantes a governo… nada de muito luxuoso…três meses seria tempo suficiente para que os mestres e toda a populaça se apercebessem se os candidatos tinham conhecimento real das matérias que iriam gerir… ao mesmo tempo, que seria suficiente o tempo, para saber se andam na passa… ou se tem problemas psicológicos, afectivos…  ou tiques psicóticos.

.

1 comentário:

Zé Óscar disse...

Excelente! Exprimes exactamente aquilo que penso desta corja toda! Só acho que a taxa de reprovação ia estar muito próxima de 100%, e novos candidatos e cumprir os pré-requisitos..? Não sei não... Ainda bem que estou quase a pirar-me prai, que isto tá a rebentar de escutas e faces ocultas!!