O dia em África começa bem cedo… às seis da manha é a melhor altura para absorver o ambiente… a essa hora, e já com as cortinas abertas, vários macacos divertiam-se a observar o que se passava dentro do quarto; curiosos, fixavam-nos do lado de fora da janela, no alpendre… a certa altura pensei, que estando em África, no território deles, nós é que seriamos os animais em exposição, uma espécie de zoológico humano.
Connosco dentro do quarto, a macacada levava a familia toda para observar os animais, nós; os pequeninos eram os mais destemidos.
Mesmo quando abria a enorme janela de vidro, a macacada continuava por ali… não era aconselhável deixar objectos no alpendre do quarto; os macacos levam tudo o que vêem.
Mas o mais divertido, era à hora de almoço num espaço ao ar-livre… observar as estratégias dos macacos para nos tirarem a comida em cima das mesas… mesmo tendo uma espécie de guarda a afasta-los, a macacada descia pelo telhado, e num estirada ultra-sónica saltavam para a mesa agarrando nos pacotes de açúcar e pão.
A estratégia era fantástica… enquanto uns ficavam em terra a distrair o guarda, os outros subiam pelos telhados e desciam just on point… lógica de grupo.
Apreciável, foi também ver combates entre macacos de gangs diferentes… a intimidação, o cantar de galo uns para com os outros… achei curioso o ataque cerrado que as impalas fizeram aos macacos… parecia que estávamos num filme ou documentário da nacional geographic.
Anyway, o complexo do hotel estende-se por uma imensa porção de terra da reserva natural… e fizeram caminhos estreitos pelo meio da selva para que as pessoas pudessem caminhar e observar… com o devido cuidado.
As placas indicavam os perigos… «beware of crocodiles» ou «do not feed the animals» ou ainda «beware of wild animals»… andamos pelo meio da floresta toda… mas a mary já estava a ficar meia desconfiada, meia nervosa… não fora aparecer por ali uma cobra gigante ou um crocodilo, dizia ela.
«nã mary, don’t worry, crocodiles already eat the entrances, they are looking for something with much more, say, substance»
Na verdade estava vestido de vermelho vivo… «dressed properly for a safari» eu dizia-lhe; enfim, perfeitamente oculto… de fazer inveja ao David Attemborough.
Uns dos lagos, aonde estava a ‘bird tree’, era perfeito… uma arvore com centenas de ninhos de forma oval e pendurados nos ramos, um monte de terra em forma circular bem no meio do lago… era ali que o crocodilo deveria apanhar banhos de sol… aquecendo o sangue frio.
A meio do caminho, logo a seguir a uma curva, deparamo-nos com girafas… bem, ao natural parecem muito maiores… enquanto não se dignaram a sair do caminho, nós não avançamos… enfim, um coice daquele animal não deveria ser coisa agradável… e depois, fixam-me demasiado para o meu gosto… por sorte, encontramos o responsável da reserva pelos animais… e podémos observar de perto, junto a ele, as girafas, as zebras… «do not touch please» ele dizia.
Resolvemos expandir o conhecimento do território… desta vez alugamos uns ‘segways’ e percorremos tudo… a cara de aflição da mary a conduzir aquela maquineta era de rir… mas depressa apanhou o jeito.
Cansados, regressamos ao deck de madeira… a ideia era observar o pôr do sol…
E adorei…
(continua)
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1 comentário:
Adão e Eva no PARAÍSO,mesmo!!! Fabuloso!
Obrigada por partilhares...
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