segunda-feira, 14 de junho de 2010

a terapia do escuro e do silencio

Bom , há coisas que me fazem 'espécie'… esta estória da idade de reforma e os valores de desconto e o que vamos receber na altura e tal…
Hoje até sonhei com esses assuntos, vejam lá que maluquice… no meu sonho, os políticos tinham aumentado a idade de reforma para além da própria vida humana, dentro do principio bizarro da sustentabilidade do sistema da segurança social actual.
Bem, na verdade a idade de reforma irá passar muito brevemente, pelas minhas contas, para os 72 anos… na Grécia, na Alemanha é de 67 anos, por enquanto e na maioria dos restantes países europeus é de 65 anos.
A ideia destas bestas (a)po(ca)líticas é tão básica que, enfim, fico sem palavras para as definir, as ideias das bestas claro.
A ideia é… se falta dinheiro para as pensões, aumentamos a idade para pagar as pensões, desta forma ganhamos alguns anos.
Ok, mas como começam a ver, a idade de reforma está a aproximar-se perigosamente da própria idade média da existência humana; as Bestas introduzem então uma segunda variável… nesta, o que se descontou durante a vida de trabalho é considerado para efeitos de calculo da futura reforma, coisa fantástica hein?

Os tipos que nos governam são uns tipos muito muito porreiros, diria mais, bué de fixes… no entanto, eles dizem, epá a coisa conta toda e tal e ides receber pelos descontos da vida toda seus tolinhos, mas… vamos pagar apenas 55% do valor… sublime.
Pelas minhas contas, dentro de 30 anos, além da idade de reforma ter que ser aos 80 anos, o valor das reformas não poderá ser superior a 35% do valor dos salários que serviram de referencia ao calculo.
Portanto, sendo a esperança média de vida em Portugal de mais ou menos 80 anos, a reforma começa na idade média da própria morte e ainda por cima só vão pagar 35% do valor.
Ora que boa porra, podiam pelo menos ser magnânimes e dar uma reforma de 500% ao 'proponente falecido'.
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Por trás deste problema das reformas, está o aparentemente irresolúvel caso da demografia da população Portuguesa e Europeia.
Eu sugeria a terapia do escuro e do silêncio… medida bem africana… cortar a electricidade à noite parece-me ser uma boa medida; de uma assentada acabava-se com a televisão e com o computador e os miúdos no escuro adormeciam como anjinhos e ainda poupávamos na conta da luz.
E lá está, sem qualquer hipótese de ver novelas ou o futebol da liga da Eslovénia, os casais podiam dedicar-se um ao outro, a bem da nação…
Não sendo possível colocar em prática a minha sugestão, a solução passa por incentivar a natalidade de outras formas…
A natalidade incentiva-se através de variadíssimas politicas desde logo a 1) isenção absoluta de impostos a casais com mais filhos 2) em vez de desperdiçarmos dinheiro em rendimentos mínimos a traficantes e ladrões e molengões, poderíamos deslocar essas verbas para o apoio à maternidade, o salário de mãe 3)  Incentivar o mono-trabalho familiar… este último ponto sim, o mais importante de todos e o meu preferido, confesso.
Pode parecer um tanto, digamos, machista, todavia aparentado-o não o é… sou mesmo da opinião que um dos membros do casal não devia trabalhar.
Pronto, ok, acho que se fosse a mulher a não trabalhar fazia mais sentido… mas não por um questão machista, mas sim por uma questão natural, da natureza das coisas, quer dizer o homem tem mamas mas não amamenta, tem barriga mas não engravida… embora inche com a idade.
E depois ninguém seria obrigado a nada e as coisas seriam feitas suavemente e de comum acordo. O rendimento seria da familia e não do elemento trabalhador e há formas de regular essas coisas… e precaver o futuro de um e de outro.
Apenas acho que mulher interpreta muitíssimo melhor as necessidades das crias do que os homens, que são mais broncos e abestalhados, vá, embora também existam aqueles mais, digamos, sensíveis…
O resultado disto era fantástico; se todos os casais participassem no mono-trabalho, o desemprego cairia subitamente; aliás, o problema seria o inverso, sem um dos elementos de cada casal no mundo do trabalho, seriam precisos novos trabalhadores.
Ora havendo falta de trabalhadores, a disputa pelos existentes far-se-ia a troco de melhores salários; Isto é, a quebra de emprego e de salário de um dos elementos do casal não significaria uma quebra de receitas do casal, pelo contrario.
Ainda, resultaria a necessidade da sociedade precisar de mais gente, propiciando, olha que giro, o amor conjugal, gerando mais filhos… com a vantagem de um deles, o pai ou a mãe nos casais tradicionais, ou o pai ou o pai, ou ainda a mãe ou a mãe nos casais homossexuais, poderem acompanhar os seus filhos no dia-a-dia.
Pronto rapaziada, já sei que vem aí chuva grossa e as palavras graciosas do costume… eu sei que sou, xa cá recordar… sou «machista, ultra-conservador, salazarista, totalitário, neo-liberal, comunista ortodoxo, fascista, radical, reaccionário e elitista» enfim, serei para v.exas. simultaneamente uma espécie de tudo e quase nada… no problema, i can live with that, embora a admissão de comentários neste blogue continue a passar pela censura e crivo do lápis azul deste vosso pidesco autor…  é o principio do aproveitamento da fama.
No entanto, é sempre bom conhecermos um bocado de história, recente, e recordarmos o que as revistas diziam há uns anos atrás… talvez desta forma comecem a achar que afinal, este vosso modesto autor de blogue, é tudo menos salazarento e machista, embora o seja em alguns (muitos) domínios da economia eheh… ora vejam que vale bem a pena:

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3 comentários:

BibaRita disse...

oncle Richard:

Grande post! Mais uma vez e não me cansarei de o escrever és um génio da escrita, seja de que tipo for!

Concordo contigo até nas fases do texto em que te dizes machista! Não sou de todo feminista nem estou de acordo com uma igualdade que nasce á partida diferente.

Mas este é um assunto com pano para mais de 1000 mangas!

Discordo com as partes das revista, pois considero expressões demasiado obrigatórias para irem ao encontro com o que dizes no post.. a mulher ficava em casa e o marido ia trabalhar ambos por gosto e em prol de um futuro para os seus filhos e para a nação!

Continua a escrever Adoro!

BibaRita disse...

Esqueci-me de realçar as magnificas observações que fases ás reformas e tempo de trabalho. Pois caminhamos para esse mesmo descalabro sem tirar nem por!

Anónimo disse...

Daqui a 15 anos já nem haverá reformas...para ninguém... depois não adianta pedir a cabeça do Socrates, digo, do touro.

Essa é que é essa!!!!