A noite estava quente… o avião da TAP acabava de aterrar em Maputo. A mary iria gostar de, novamente, sentir o ambiente de africa… aquela lufada de ar quente à saída do avião sabe bem. A Zambia e as cataratas de Livingstone tinham sido uma aventura tremenda, daquelas que guardaremos na memoria para a eternidade.
Africa tem destas coisas… é um continente de uma magnanimidade e diversidade impar no mundo. O potencial para a aventura é ilimitado. Falta-me conhecer o Seringueti no Kenya e na Tanzânia, o Krugger park na Africa do Sul, a Namíbia, as Seicheles, o Zimbabwe…
Domingo de manhã… resolvemos conhecer a parte norte, a parte sul e o interior de Maputo…
A baixa da cidade foi o nosso primeiro destino, não sem antes conhecer o Jardim dos Namorados nas imediações do Polana e a Igreja de S. António, um enorme espremedor de laranjas…
Conhecer a estação de caminhos de ferro, revisitar o mercado, entrar na principal igreja de Maputo… passear no Jardim Botânico, sentir o ambiente da zona alta da cidade aonde se situa o hotel Cardoso e o museu de história natural… sem esquecer de visitar a zona das praias de Maputo e o mercado do peixe…
Se tempo tivéssemos ainda poderíamos conhecer a paradisíaca ilha de Innhaca, que se situa em pleno Índico mar adentro em frente à cidade e aonde ficam alguns dos melhores resorts de Maputo. De avioneta demorar-se-ia uns 45 minutos, mas de barco, diziam, eram umas três horas…
Enfim, a agenda já estava cheia e ainda nem tínhamos começado. Na verdade é impossível conhecer Moçambique sem reservar, pelo menos, uns quinze dias.
A Chopela foi o meio de transporte escolhido. Circulando junto à marginal instruí o motorista para nos levar à estação de comboios…Tenho a lamentar o facto de ter perdido grande parte das fotografias… uma operação de cópia de ficheiro para a memória do cartão do telefone/camera apagou misteriosamente parte substancial dos arquivos… não é fácil fotografar em africa com um telemóvel. Há fotografias que nem tiro porque sei de antemão que não vai resultar. Não há condições técnicas adequadas à dimensão dos espaços, a porra do meu telemóvel não alcança o substrato, a essência da realidade. E as que apanhou desapareceram…
Há maquinas fotográficas que quase revelam o cheiro nas imagens… esta minha, não revela nada, quando muito exala cheiros que a própria realidade não tem. Uma maquina fotográfica não é apenas uma máquina. Uma boa máquina desperta em nós a curiosidade de ver mais e de ir mais além. Apanhar o inesperado e registar a imagem logo a seguir aquela curva e aquela-outra também… embora eu já tenha esse espírito.
Na semana passada coloquei uma carta nos correios de Luanda. Estes serviços funcionam mal. Basicamente não existe correio, lá deve escapar e seguir viagem uma ou outra cartita… e eu queria tanto que esta pudesse chegar à Lapónia.
Enfim, tenho o que tenho e o que tenho captou isto… a casa de Ferro aonde morava o governador… uma casa original da qual apenas tenho esta fotografia…
… e o Jardim Botânico de Maputo…
Este Jardim é bonito e exótico… as árvores abaixo estavam repletas de morcegos enormes, só mesmo com a NIKON que mencionei na referida carta…
Guardamos o dia seguinte para visitar o Museu Natural, um edifício arquitetonicamente deslumbrante aonde estão expostos todos os tipos de animais (embalsamados) de Moçambique…
… uma visita ao forte de Maputo terminou o dia…
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