quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Out of Africa… Moçambique… Maputo

Sábado de manha… acordei virado ao contrário afogado em meia dúzia de almofadas de penas numa cama enorme, digna da realeza, do Hotel Polana.
Este hotel, de um luxo profundo, foi remodelado e reaberto há um mês, depois de décadas de abandono… e eu e a Mary, não podíamos visitar Moçambique e não conhecer a alma e as entranhas daquele mítico hotel…
Melhor do que descreve-lo, o melhor mesmo é visita-lo. Vale bem a pena.
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Depois do pequeno-almoço, pelas oito horas da manha, resolvi visitar o SPA do hotel… dores permanentes nas cruzes indiciam que o relógio biológico, inexoravelmente, prossegue a contagem sem regatear… afinal de contas, aquele espaço só seria inaugurado no dia seguinte.
Á espera, no jardim que antecede a entrada no SPA, conheci o Rui, o responsável pelo SPA. O Rui estava impaciente e indignado pelo facto dos funcionários ainda não terem chegado… coisas de africa que eu bem compreendo. O Rui idealizou, formou o pessoal e implementou procedimentos no novo SPA do hotel. É do Porto, mas em virtude do seu trabalho de consultor de SPA’s, passa grande parte do seu tempo nos países aonde tem clientes. Simpaticamente levou-me a conhecer a cidade nas imediações do hotel… a pé levou-me a conhecer toda a zona… os bares, os cafés, os jardins…
A minha Mary só chegaria a Maputo pelas 21:30h e aproveitei então o dia para, a pé, conhecer a cidade de Maputo. Tinham-me dito na recepção do hotel que o centro era perto…
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… mas caminhei quilómetros para encontra-lo. Literalmente. Passei pela avenida 25 de Setembro sem destino e fui observando e vendo a cidade… Maputo é uma cidade muito diferente de Luanda. É uma cidade velha mas arrumada, bastante limpa tendo em conta os padrões deste continente e larga e de gente boa. Já estou há cerca de três anos em Luanda e NUNCA pude caminhar e conhecer a cidade convenientemente, como o fiz, naturalmente, em Maputo. Em Luanda, ao contrário de Maputo, sentimo-nos intimidados…
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Maputo não. É uma cidade tranquila, bastante arborizada, bonita, e com um estilo de vida muito próximo de Portugal.
Muitos dos edifícios da baixa do tempo colonial estão recuperados ou em recuperação. As estradas são larguíssimas.
Visitei o mercado local, bem na baixa de Maputo, e impressionou-me bastante, quer em termos arquitectónicos, quer em termos da vida interior que lá encontrei. É enorme e fervilha de vida… várias bancas de vendas de imensos artigos… caminhos estreitos e paralelos uns aos outros com stands de venda a transbordar de produtos.
   

Pelos caminhos entre bancas de vendas lá conseguia passar, baixando a cabeça aqui e acolá. A certa altura, bem no meio no mercado, senti-me um actor num filme do James Bond quando este perseguia um contra-espião em filmes rodados pelas ruas antigas do Cairo…
A preocupação do (longo) caminho de regresso ao Hotel estava a incomodar-me. Estava já (agradavelmente) exausto de tanto passear pela cidade, mas não me apetecia nada voltar a pé.
Encontrei então uma praça, perto do Maputo Shopping aonde se concentravam veículos esquisitos… uma espécie de motas com três rodas, dois lugares atrás e um à frente… semelhante aqueles meios de transporte que podemos ver naqueles países asiáticos aonde um homem puxa uma carroça com duas pessoas atrás… em Maputo esses veículos estão em todo lado, mas a motor… as Chopelas.
Meti-me numa e foi a melhor coisa que fiz… é uma sensação fantástica conhecer Maputo de Chopela… é um meio de transporte arejado, com uma certa adrenalina e bastante emotivo, dependendo das qualidades do condutor… saiu-me na rifa um Ayrton Senna africano… as curvas rumo ao hotel eram feitas em velocidade considerável e a Chopela descolava frequentemente do chão. ‘Fantástico meu, mas não abuses ahh’ eu dizia-lhe.
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Enquanto esperava as horas para ir buscar a minha morena ao aeroporto, mandei vir umas moçambicanas para me fazerem companhia… duas loiras e uma preta, todas elas africanas... absolutamente fantásticas.
Ainda deu tempo para experimentar uma daquelas mestiças com uma cor ligeiramente avermelhada. Mas confesso que, de todas, a que mais gostei foi da primeira loira… a Laurentina.

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