Há determinadas coisas que não são susceptíveis de serem explicadas ou compreendidas… surgem apenas no meu subconsciente, em fragmentos, em lampejos… nano-segundos de ilusão…
A sua existência, embora efémera, é fantástica… tanto quanto decepcionante é a tomada de consciência da sua inexistência… nano-segundos depois.
É simples, eu é que gosto de complicar, estou a referir-me ao meu pai… e da forma como intimamente penso, quando tenho algo de bom na vida para contar; o meu primeiro instinto, é partilhar com ele e contar-lhe… debalde.
Não sei quantos anos passaram… dois, três ou quatro… não quero saber… a saudade sente-se, não se mede com régua e esquadro… e eu vivo, dia-a-dia, sem ser capaz de medir ou contar o numero de nano-ilusões a que subconsciente já me habituou… todos juntos, os nano-lampejos, somam uns miseráveis segundos… ainda assim, prefiro tê-los a não ter nada… são nano-segundos de ouro…
Always present Dad.
The Platters
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3 comentários:
É a magia da vida...comigo passa-se o mesmo...às vezes, dou comigo a dizer:...o meu pai também é...o meu pai tem...sempre no presente. Porque aqueles que amamos estão sempre presentes...mas dá cá uma saudade de os ver, de lhes falar!
Nano-segundos todos os dias...
o meu avó Osinho é porque está sempre presente quando penso em alguém em quem me orgulho. o Osinho está a olhar por nós isso eu sinto apenas não pode falar directamente mas eu sei que nos ajuda na escolha e tenho a certeza que me carrega de força nas horas que não sei onde as vou buscar.
Um grande abraço com palmadinhas ternas nas tuas costas Osinho.
Always present...
Como eu o sinto sempre presente, mesmo não o tendo há quarenta anos.
Como te entendo.
Como me revejo nas tuas palavras, quando falo com ele todos os dias, como se a sua presença estivesse viva...
Não! A sua presença está e estará sempre viva em todos os segundos, porque assim o desejo, porque assim o sinto, porque é assim que ele continua a fazer parte de mim.
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