quarta-feira, 17 de junho de 2009

eu reagi como o Robert de Niro…

Et voilá… fui penteado de verdade. Tratamento V.I.P… desta vez raparam tudo. Tudo tudo também não… deixaram-me uma trancinha, o telemóvel (não viram), e tiveram a gentileza de deitar para o chão os meus documentos todos. ‘Obrigados’ eu disse-lhes
E pronto um ano após cá chegar recebi este presentinho… um assalto.
Sexta-feira, fomos jantar fora, dois recém-chegados… era a 1ª vez que saíam em Luanda. A ideia era mostrar-lhes a cidade e dizer-lhe que Luanda não é assim tão violento quanto dizem.
Um deles é Açoriano e outro lisboeta. ‘êm momets queu fô vivu, nên cu ôrdem du padre quiura eu tinssino a mia art’  gosto de ouvir falar açoriano… e depois o tipo é portista convicto, o que só abona em seu próprio favor.
No regresso ao carro, um bando de rapazes acompanhavam-nos; Seguindo a táctica de sempre eu disse a um deles… ‘ épa o teu amigo matola é que ficou a controlar o carro… é a ele que vou dar, tem lá paciência... da próxima és tu’
Entrei no carro juntamente com os recém-chegados… mas mr. ivan reagiu… convencido que o ‘dinamite’ que exibe era suficiente para afasta-los.
E pronto estava a ver a coisa mal, os tipos caíram todos  em cima do Ivan, encostaram-no ao carro com impacto, mas o mr. Ivan, qual Stalone não desarmava… aos berros com eles, empurrões, chapadas e coisas semelhantes.
Eu só ouvia o ivan ‘o meu passaporte e telemóvel não car…’. Logo compreendi que ser roubado duas vezes para o Ivan era perturbador, não pelo dinheiro, mas essencialmente pela carga de trabalhos que lhe deu tirar aqui um salvo conduto que substitui-se o passaporte; e pronto ele estava disposto a defender o documento… se bem que não era isso que eles queriam… ‘foi um risco desnecessário’, eu disse-lhe.
Et voilá… me my self and i, and the other guys, numa tentativa de ir lá separar o barulho saímos do carro… mal saímos  um rapazola mete as mãos aos bolsos…
‘pá tem lá calma… eu tiro e dou-te’ eu reagi como o Robert de Niro, colocando o telemóvel a salvo:


O tipo não quis saber, sem qualquer resistência da minha parte, o tipo meteu as mãos no meu bolso, com alguma gentileza e tirou os meus documentos e o dinheiro que lá tinha.  Recuperei os docs, e o dinheiro também não :) uma nota de 100 eur, plus uns 30 eur em kwanzas. E atirou os docs para o chão… menos mal.
O mesmo aconteceu aos outros… um relógio, um telemóvel, umas notas e pronto.
‘pá diz-me aí as horas’ perguntava eu a quem tinha ficado sem relógio. ‘vê no telemóvel’ dizia outro. Enfim

5 comentários:

ameixa seca disse...

Que cena agradável :) Bem feita, eu nunca tive uma nota de 100 aéreos no bolso pahhh Estavas a pedi-las he he

Julio disse...

Anormal é não ser assaltado...

BibaRita disse...

Tio... depois de passado o lamentavel incidente consegues brincar com a situação e muito bem, mas por essa e por outras que se ouvem por cá falar que todo o cuidado é pouco...

Beijinho com abraço de força e positive energy!

X disse...

A questão é que tu és mais giro que o De Niro!!
Bolas!!!

Ana Paula Lavado disse...

E "prontus"!
Algum dia... tinhas que ser "desvirgindado".
Meu beijo pa tu