Penso frequentemente na ligação do passado com o presente… o tempo, e o que teria feito de diferente no passado…
Esta questão merece ser analisada… este tempo longe de casa fez-me reflectir sobre estas coisas; o que teria feito de diferente? (podia ter-me dado para pior)
A ideia é encontrar uma justificação sobre as opções tomadas em face da realidade actual.
Dou por mim a concluir que, de nada me arrependo de ter feito, a sério! nada, rigorosamente nada teria feito de diferente.
O que fiz e o que fui reflecte o que sou e, sobretudo o que hoje tenho… e o que sou é consequência das minhas opções, e o que tenho delas derivou; e portanto concluo que as opções tomadas foram boas; nada daquilo que sou e que tenho hoje era capaz de preterir se me fosse dado a escolher novamente.
Se tivesse escolhido de outra forma nada daquilo que tenho de importante, hoje poderia ter. Qualquer variância, por mais ínfima que seja, levaria a que tudo fosse diferente.
Isto fez-me pensar… a titulo meramente exemplificativo, há muitos muitos anos atrás julguei ter optado mal; julguei ter escolhido as opções erradas; não estudava e atrasei um ano; tinha interesse por outras coisas mais mundanas, embora salutares e normais para quem tinha apenas 13 ou 14 aninhos. Senti-me mal comigo próprio e do que esperavam de mim; perdi um ano lectivo.
Hoje bem vejo… que afinal nada perdi.
O ‘continuum’ da vida levou-me a conhecer a minha mulher, sem a qual não teria tido os meus filhos. Portanto, se não tivesse atrasado um ano escolar, não a teria conhecido sequer, nem tão-pouco existiam os meus próprios filhos.
Dir-se-à que existiriam outros… talvez seja verdade, mas não se sabe, são puras conjecturas. Na realidade ‘estes’ de quem eu gosto não existiriam… e essa é a minha Verdade.
Por isso concluí, de que vale lamentar uma opção quando foi ela que nos trouxe tudo aquilo que nós gostamos, embora com danos colaterais.
Mesmo assim somos inevitavelmente tentados a pensar no lado negativo das nossas opções… mas na verdade esse lado é o preço que pagamos para termos o que temos e que gostamos. Se me dessem a escolher e voltar a trás e optar de forma diferente, eu optava por fazer as mesmíssimas coisas que me levaram a ter aqueles que eu mais gosto… os meus.
Isto significa que hoje não estaria para aqui a escrever estas coisas, porque a pessoa em que penso, a minha mary, ao escrever esta posta é a pessoa que existiu na minha vida, derivada do ‘continuum’ e das minhas opções.
Neste sentido devo apenas felicitar-me por todos os caminhos que trilhei; constato que todas as decisões conjugadas que tomei ao longo do tempo revelaram-se acertadas, porquanto me fizeram objectivamente ser o que sou e fundamentalmente ter a família que tenho.
Sim, da conjugação das minhas opções, com todas as outras que o cosmos gerou, tenho a minha mary, a minha maggy o meu marocas… há lá coisa mais importante?
Por isso hoje é um dia muito especial, hoje eu posso felicitar-me a mim próprio também :) por ter feito aquelas escolhas, aquelas opções durante o continuum da vida e que me levam agora, neste momento, a desejar à minha mary as maiores felicidades do mundo… estamos juntos de facto.
Parabéns minha mary… pelo 43º aniversário.
1 comentário:
Parabéns!!!
A vossa história de vida é um exemplo de rectidão, honra e carácter!
Parabéns por 'descobrires ' a Teresa!Parabéns à Teresa por ser uma grande timoneira:para ela as tormentas são para se enfrentarem e parece só ver o sol que sempre vem depois.
Parabéns pelos sobrinhos que me deram...lindos!
Obrigado!
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