segunda-feira, 2 de março de 2009

é assim que vejo a minha…


Passamos grande parte da vida sem pensar no quanto vale verdadeiramente uma mãe. Habitua-mo-nos, como filhos, a ‘receber’ sem nunca sequer pensar no assunto, pois nunca nada nos é efectivamente cobrado.
Achamos normal o completo desprendimento em que se traduz as acções das nossas mães.
Damos por adquirido que é assim… e sempre foi… desde que nascemos… e ponto final.
Eu… como pessoa, como filho e como pai, facilmente reconheço, que a relação mãe-filho(a) é algo que não tem paralelo… a dimensão desta relação é superior ao valor que damos à nossa própria vida.
Sempre senti desde miúdo que a incondicionalidade do afecto da minha mãe era algo normal… sempre senti que, se necessário fosse, minha mãe era capaz de tudo, rigorosamente tudo, para o meu bem e dos meus irmãos.
É um sentimento interessante, quando se reflecte sobre ele… o que fará alguém, como uma mãe, abdicar de tudo, absolutamente tudo, para ver sorrir um filho.
Uma mãe não come, se o filho tiver fome… não dorme se ele estiver doente… não descansa se ele tiver um problema…
Que mecanismo leva uma mãe a sacrificar a sua própria vida em prol da ‘ninhada’… será apenas instinto? algo da natureza animal? inscrito no genoma? pois talvez…  deve ser em parte… mas será certamente algo que ultrapassa a razão, a vontade, o discernimento… é algo muito mais profundo… é em última análise o verdadeiro amor.
Quando, na nossa vida, precisamos de alguma coisa, ou temos um problema, seja ele qual for… podemos preparar estratégias para toda a gente, ficar ansiosos por uma eventual recusa, pois nunca temos a certeza da resposta… mas se o formos pedir a uma mãe, sabemos que só o não fará se for de todo impossível, será sempre um porto de total e incondicional abertura… e isso conforta o coração, ou não?
É alguém em quem podemos sempre confiar… por mais erros que cometamos… ela estará sempre disposta a ajudar, e a acreditar e a compreender… ever and ever.
E é assim que vejo a minha mãe… alguém que daria a própria vida, se necessário fosse, em favor dos filhos. Alguém que sofre a dor dos filhos com a mesma intensidade com que partilha as alegrias.
É pois mais do que um sentimento, ultrapassa o nosso próprio instinto de sobrevivência, é algo extra-sensorial, celestial e absolutamente inexprimível…
Tenho muito orgulho em ter a mãe que tenho…
Parabéns mãe… pelo 70º aniversário.

4 comentários:

ameixa seca disse...

Muitos parabéns à senhora tua Mãe! Que linda idade, oxalá a minha mãe chegue lá :)

Anónimo disse...

PARABÉNS TÉTÉ...


ASS: MARGUINHAhH

Poupinhas disse...

"sr" Ricardo: Mãe e Pai.. tudo devemos a eles.. seja o bom seja o mau, mas acima de tudo a vida, o nosso mais preciso bem :)

Anónimo disse...

E quando Ela leu eu estava lá!Ela ligou o computador com um brilho ansioso nos olhos azuis...e começou a ler...na primeira frase cerrou os lábios que tremiam...depois deixou soltar o azul dos olhos...e assim, com mares de lágrimas juntei as minhas e as dela...oceanos de amor...e, nesse momento, parecia que estávamos TODOS alí...TODOS JUNTOS!
Apenas suspirou:"Foi a melhor prenda..." Obrigado mano!