sexta-feira, 27 de março de 2009

o naranjito… assim baptizado…

Recordo, com nostalgia, algumas situações ocorridas há muito tempo… uns #& anos… nessa altura ainda morava em terras do vale do sousa… Felgueiras… my sister teria uns… sei lá… 14 anitos talvez…  naquele tempo… ela adorava fazer a suas criações artísticas… pulseiras, colares e objectos afins, usando para o efeito missangas. Fazia-se muitas coisas com esse material que hoje caiu em desuso… e ela, fazia-o com imaginação e arte… tivera continuado no oficio e quem sabe, poderia ter sido o equivalente a uma estilista de moda ou coisa semelhante, tal era o gosto que mostrava ter na concepção e combinação daqueles adereços…
As experiências eram normalmente feitas em bonecos… um em particular… bem me lembro, com mais de metade da minha altura… e hoje, posso confessar… o buraco que apareceu no pé do boneco, o Leno… assim chamado… aquele grande careca com olhos azuis e pirolita mirrada, todo em plástico… anyway, fui eu que  fiz o dano no boneco, apesar de nunca o ter dito…e portanto no lugar do buraco, foi colocado um penso… mas afinal aonde pára o Leno?
A produção artística que ia fazendo, foi aumentando… de tal forma que abriu uma ‘loja’ de rua perto do local onde morava-mos… eu e o meu primo pierre money, (regressado das terras ardentes), com uns seis ou sete anitos fomos os gerentes da mesma, montamos no passeio da rua uma banca toscamente elaborada, onde expunha-mos my sister’s collections…
Os primeiros clientes que passavam, paravam para apreciar as ditas criações… mexiam e remexiam nos objectos… estava-mos ansioso pela primeira venda… ria-me perdida e incontroladamente com o meu primo… a minha irmã ia apreciando as coisas de longe, ao mesmo tempo que continuava a produção nas escadas interiores lá de casa…
… o sucesso do negócio não foi lá grande coisa… mas estou hoje convencido que o problema não terá sido no sector da concepção, mas sim no sector de vendas… evidentemente inexperiente.
A par disto tratava-me sempre muito bem… qualquer tipo de ferimento que tivesse, ainda que fosse o menor dos menores, era sempre tratado com pompa e circunstancia, como se tratasse de uma mutilação… um simples corte num dedo era sempre motivo para ligar e imobilizar o braço todo. Na verdade… eu, até gostava daquelas coisas… de ter a atenção toda, ainda que desproporcionada com a lesão sofrida.
Depois vieram outros tempos… outras moradas, outras cidades, outras idades. Já em braga, recordo os tempos… com o namorado, e depois a filha http://www.bibarita.blogspot.com/, a minha primeira sobrinha, e o zé, o meu primeiro afilhado.
No tempo em que ela ainda namorava… lembro-me de ser sistematicamente designado pelo meu pai ás funções de ‘vigilante’ da irmã e do namorado principalmente… acompanhava-os para todo lado… obrigatória e compulsivamente… mas até gostava… pois ele, o namorado, tinha um Renault 5 branco, com tecto de abrir, que fazia o meu género… tinha um local especial junto ao conta-quilómetros, para pousar os cigarros… nem sei porque me lembro deste pormenor… e ele gostava de velocidades… gostava de rally e participava em várias provas… ganhando várias taças… adorava ver aquelas manobras no liceu de Guimarães… e depois… não raras vezes davam-me uma bola de futebol para eu, o ‘vigilante’, poder brincar bem longe deles… não sei bem porquê.
E a despedida do Opel kadet… bem, foi alucinante.
Mas gostei muito mais do Fita 600 que my sister teve… o seu primeiro carro… cor-de-laranja forte… pequeniiiino… o naranjito… assim baptizado… tinha alguns problemas de arranque, de bateria, humidade, entre outros problemas menores… mas  a rua era a descer… e acabava por pegar… e depois tinha alma própria, que lhe dava uma certa vida… lembro-me que numa viajem entre Guimarães e braga quando saiu uma roda do veículo que rolou rolou rolou, qual herbie...
Chega a minha primeira sobrinha, http://www.bibarita.blogspot.com/, tinha eu 13 anos… era tipo minha irmã mais nova e continua a ser, e morava lá em casa… e depois o zé.
Não esqueço a imagem da cara of my sister quando teve que deixar a ‘bibarita’ ainda muito criança no hospital do porto…  para se submetida a uma operação… foram expressões que nunca esquecerei.
My sister é uma pessoa de trato fácil e agradável de se conviver, atenta aos pormenores, o que eu muito aprecio, e com um bom-senso invejável… linda como ninguém… defeito de família :)
Tem uma apetência natural ou curiosidade, tal como eu, por conhecer e estudar outros mundos, outras pessoas, outras culturas… um dia ainda vem cá, assim espero, revisitar porto amboim e luanda e a reserva selvagem, que conheceu ainda adolescente… e que não raras vezes fala com nostalgia.
Aprecia profundamente as sensibilidades da alma… as criações humanas… a cultura e a pintura e a escrita…
… e quem assim é… colhe para si, de alguma forma, as dores alheias… mais do que as suas próprias… em face das intermitências da vida… embora não o demonstre…  certamente um defeito genético ou congénito que eu também partilho… talvez ainda não tenhamos tido ‘o tempo’ suficiente para saber… que tudo neste mundo tem o seu tempo…  como diria Eclesiastes…
Tudo neste mundo tem seu tempo;
cada coisa tem sua ocasião.

Há um tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar;
tempo de matar e tempo de curar;
tempo de derrubar e tempo de construir.

Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar;
tempo de chorar e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntá-las;
tempo de abraçar e tempo de afastar.

Há tempo de procurar e tempo de perder;
tempo de economizar e tempo de desperdiçar;
tempo de rasgar e tempo de remendar;
tempo de ficar calado e tempo de falar.

Há tempo de amar e tempo de odiar;
tempo de guerra e tempo de paz.”
Eclesiastes

Acumula, por outro lado as funções de madrinha do meu marocas… e como para mim essas funções não são meramente decorativas, a sua escolha representou um especial agradecimento por ter sido a irmã com quem sempre pude desabafar, contar e confiar… naturalmente… consequentemente virtudes importantes e transmissíveis para o meu marocas também… se um dia fosse caso disso.
Parabéns mana… pelo 48 #% aniversário…
carpe diem

  Isto… bem, era o que se curtia… naquela altura ;) and i love it…

   
  
   

5 comentários:

ameixa seca disse...

Que lindas palavras para homenagear a tua irmã :) Muitos parabéns a ela e a ti pela linda relação!!!

BibaRita disse...

yOUR sISTER mY MAMI!

POsso escrever escrever escrever e escrever como ela me ensinou e nunca direi tudo o que sinto, o q fez, o q admiro, o q desejo para My MAMI!

apenas que um dia quero ser para my Tita o que ela è hoje para mim.

Anónimo disse...

escreveste a mana com o coracao e a razao o k deixa um coracao de mae a chorar de alegria obrigada filho por seres como es

Anónimo disse...

Parabéns titi Dulce!!! (^)


Margarida)))

Xinha disse...

Chegada de viagem-prenda por ilhas de Lanzarote eis que te venho visitar e fiquei...com o coração aos saltos!!!
Com que etão foste tu que fizeste o 'buraco' no pé do meu Leno!!!!Só passados ##$$& anos é que confessas tudo?? E ainda por cima longe...que revelação tão atroz!Condenaste o meu Leno ao penso prepétuo e às caras desconfiadas de quem o olhava e pensava que a 'dona' devia ser mazinha!Sobre essa matéria haverá duelo!
Quanto ao que escreves... são os teus olhos e a tua memória que fazem magia...
Obrigada my litle brother!!!Escontramo-nos em breve!!!BJS